A descoberta de geoglifos no estado brasileiro do Acre, figuras
construídas em encostas ou planícies, reforçam a ideia de que habitavam
na região povos indígenas, 2500 antes da chegada dos europeus.Um novo
estudo científico publicado hoje por pesquisadores da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revela que os primeiros colonizadores
da região eram formados por grupos com diferentes identidades étnicas de
tribos distintas que viviam no Brasil e arredores; situação semelhante à
que se encontra hoje no nordeste do país, onde as populações se
organizam em várias famílias linguísticas ou “famílias etnolinguísticas”
(ELF), cada uma com seu território tradicional e costumes e rituais:
Pano, Tupi- Guarani, Carib, Mataco, Guajá, Carijó, Xavante, etc.
“Esta é a primeira vez que tais estruturas são encontradas no leste do
estado, longe de cidades ou grupos indígenas”, acrescentou, explicando
que “o fato de haver tantos geoglifos aqui demonstra a importância deste
território para os índios e como eles se adaptaram ao meio ambiente por
meio da arte e da arquitetura”.
A descoberta foi feita por membros do Instituto Nacional de Cultura
(INB) durante uma missão de campo no Parque Estadual do Itatiaia
(Parque), localizado no município de Porto de Moz, quando detectaram o
que parecia ser uma figura antropomórfica esculpida em o chão.