Atlântida, também conhecida com o nome de Quarta Raça Mãe,
era, segundo dizem os Livros Sagrados, governada por Reis. Estes Reis eram em
número de Sete. , o Paraíso Perdido, Paraíso Terreal, a Terra Santa, a Terra
Ideal, onde não há chuvas, não cai neve, granizo, onde não se morre... e onde
havia a Eterna Primavera, quando desfrutava seu apogeu, quando vivia em
perfeito equilíbrio, quando as Castas viviam em equilíbrio e se
compreendiam.Consoante a “Ciência das Idades”, era dividida em 7 Cantões e mais
um “Oitavo”, representado, simultaneamente, o Eterno... ou o Supremo Arquiteto
do Universo (o Deus Supremo). Os habitantes eram distribuídos pelos Dwipas
(Continentes, Cantões) de acordo com o grau evolucional.Possuía uma forma de
Governo “TETRÁRQUICO”, Não se pode deixar esquecida a Cruz Gamada, que teve a
sua origem na Atlântida, posto que ELA representa o quaternário em movimento,
embora o nazismo tivesse promovido uma confusão no seu sentido real e nobre. Os
que ignoram a História tradicional, confundem a Suástica com a Sovástica. Esta
é o aspecto negativo daquela. Uma é o inverso da outra. A Sovástica é o aspecto
negativo da Suástica, mas ambas formam a polaridade da Vida.A sua tradição
mística está, hoje, testemunhada nas expressões: TETRAGRAMATOM (Grego); Iod,
Hévau, Hé (Hebreu); Adi Buda Vaham Buda (Budismo); a Tetraktis
(Pitagórica).Pois bem, o grande Pitágoras – apesar de não ser atlante de
nascimento – fez alusão Àquele Continente arquetipal de nosso Mundo e
homenageou Àquele Quaternário com sua prodigiosa TETRAKTIS.
O Símbolo através da História
A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e
energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar.
Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que
faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos,
imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos
símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao
longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência
onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.
Origens e difusões
Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus
designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros
do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como
Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa
representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina
tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento
específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por
outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração
ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que
neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas
foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o
consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida
como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada
nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas. Para os
celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para
os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo
das cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do
misticismo religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da
comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em
tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios.
Os Templários, uma ordem de monges formada durante as
Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos
aqueles que se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra
Santa. Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du
Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito,
formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda
é possível perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas
Templárias em Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas. No
entanto, Os Templários foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo
fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas,
onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a
Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio
diabolismo ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de
um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os
Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de
segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a
perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam
novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja.
Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia.
Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo a Renascença numa
era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora, significa o Microcosmo,
símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas,
parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual).
A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um
símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de
Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua
volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana.
Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci,
mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro
elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o
espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o
pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do
dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco
pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama
pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem
e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama
invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir
de 1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três
aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião Wicca.
Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo
aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960,
torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera
uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o
pentagrama invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja
de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama
(invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito
para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos
grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo,
proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado,
ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da
cultura Universal.
Apesar de ter sido difundida pelo cristianismo como símbolo
do sofrimento de Cristo à crucificação, a figura da cruz constitui um ícone de
caráter universal e de significados diversificados, amparados por suas inúmeras
variações.
É possível detectar a presença da cruz, seja de forma
religiosa, mística ou esotérica, na história de povos distintos (e distantes)
como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índios americanos.
Seu modelo básico traz sempre a intersecção de dois eixos
opostos, um vertical e outro horizontal, que representam lados diferentes como
o Sol e a Lua, o masculino e o feminino e a vida e a morte, por exemplo.
É a união dessas forças antagônicas que exprime um dos
principais significado da cruz, que é o do choque de universos diferentes e seu
crescimento a partir de então, traduzindo-a como um símbolo de expansão.
De acordo com o estudioso Juan Eduardo Cirlot, ao situar-se
no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através da qual a
alma pode chegar a Deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno
através da experiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um
ponto de intersecção e atingem a iluminação.
Cruz simples: Em sua forma básica a cruz é o símbolo
perfeito da união dos opostos, mantendo seus quatro "braços" com
proporções iguais. Alguns estudiosos denominam esta como Cruz Grega.
Cruz de Santo André: Símbolo da humildade e do sofrimento,
recebe esse nome por causa de Santo André, que implorou a seus algozes para não
ser crucificado como seu Senhor por considerar-se indigno. Acredita-se que o
santo foi martirizado em uma cruz com essa forma.
Cruz de Santo Antonio (Tau): Recebeu esse nome por
reproduzir a letra grega Tau. É considerada por muitos, como a cruz da profecia
e do Antigo Testamento. Dentre suas muitas representações estão o martelo de
duas cabeças, como sinal daquele que faz cumprir a lei divina, encontrado na
cultura egípcia, e a representação da haste utilizada por Moisés para levantar
a serpente no deserto.
Cruz Cristã: Definitivamente o mais conhecido símbolo
cristão, que também recebe o nome de Cruz Latina. Os romanos a utilizavam para
executar criminosos. Por conta disso, ela nos remete ao sacrifício que Jesus
Cristo ofereceu pelos pecados das pessoas. Além da crucificação, ela representa
a ressurreição e a vida eterna.
Cruz de Anu: Utilizada tanto por assírios como caldeus para
representar seu deus Anu, esse símbolo sugere a irradiação da divindade em
todas as direções do espaço.
Cruz Ansata: Um dos mais importantes símbolos da cultura
egípcia. A Cruz Ansata consistia em um hieróglifo representando a regeneração e
a vida eterna. A idéia expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre
a superfície da matéria inerte. Existe também a interpretação que faz uma
analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa sua cabeça, o eixo
horizontal os braços e o vertical o resto do corpo.
Cruz Gamada (Suástica): A suástica representa a energia do
cosmo em movimento, o que lhe confere dois sentidos distintos: o destrógiro,
onde seus "braços" movem-se para a direita e representam o movimento
evolutivo do universo, e o sinistrógiro, onde ao mover-se para a esquerda nos
remete a uma dinâmica involutiva. No século passado, essa cruz adquiriu má
reputação ao ser associada ao movimento político-ideológico do nazismo.
Cruz Patriarcal: Também conhecida como Cruz de Lorena e Cruz
de Caravaca possui um "braço" menor que representa a inscrição
colocada pelos romanos na cruz de Jesus. Foi muito utilizada por bispos e
príncipes da igreja cristã antiga e por jesuítas nas missões no sul do Brasil.
Cruz de Jerusalém: Formada por um conjunto de cruzes, possui
uma cruz principal ao centro, representando a lei do Antigo Testamento, e
quatro menores dispostas em cantos distintos, representando o cumprimento desta
lei no evangelho de Cristo. Tal cruz foi adotada pelos cruzados graças a
Godofredo de Bulhão, primeiro rei cristão a pisar em Jerusalém, representando a
expansão do evangelho pelos quatro cantos da terra.
Cruz da Páscoa: Chamada por alguns de Cruz Eslava, possui um
"braço" superior representando a inscrição INRI, colocada durante a
crucificação de Cristo, e outro inferior e inclinado, que traz um significado
dúbio, dos quais se destaca a crença de que um terremoto ocorrido durante a
crucificação causou sua inclinação.
Cruz do Calvário: Firmada sobre três degraus que representam
a subida de Jesus ao calvário, essa cruz exalta a fé, a esperança e o amor em
sua simbologia.
Cruz Rosa-Cruz: Os membros da Rosa Cruz costumam explicar
seu significado interpretando-a como o corpo de um homem, que com os braços
abertos saúda o Sol e com a rosa em seu peito permite que a luz ajude seu
espírito a desenvolver-se e florescer. Quando colocada no centro da cruz a rosa
representa um ponto de unidade.
Cruz de Malta: Emblema dos Cavaleiros de São João, que foram
levados pelos turcos para a ilha de Malta. A força de seu significado vem de
suas oito pontas, que expressam as forças centrípetas do espírito e a
regeneração. Até hoje a Cruz de Malta é muito utilizada em condecorações
militares.
O Tetragrama
Para que compreendamos o que significa o Tetragrammaton é
necessário, antes de tudo, definir acrônimo. A palavra acrônimo tem origem no
grego (akron = extremidade + onymo = nome) e significa o conjunto de letras,
pronunciado como uma palavra, formado a partir das letras iniciais (ou de
sílabas) de palavras sucessivas que constituem uma denominação. Por exemplo, a
sigla NASA (National Aeronautics and Space Administration) é um acrônimo.
Dessa forma, a palavra Tetragrama tem origem no grego (tetra
= quatro + gramma = letra) e significa a expressão escrita, constituída de
quatro letras ou sinais gráficos, destinada a representar uma palavra,
acrônimo, abreviatura, sigla ou a pauta musical de quatro linhas do canto-chão.
Acredita-se que o Tetragrama hebraico designa o nome pessoal
do "Deus de Israel", como foi originalmente escrito e encontrado na
Torah, o primeiro livro do Pentateuco. Este tetragrama varia como YHWH, JHVH,
JHWH e YHVH. Em algumas obras, especialmente no Antigo Testamento escrito em
sua maioria em hebraico com partes em aramaico, o Tetragrama surge mais de 6
mil vezes (de forma isolada ou em conjunção com outro nome divino).
O impronunciável nome de Deus
A tradição esotérica dos judeus, a cabala, considera o nome
de Deus sagrado e impronunciável. Possivelmente, a origem deste conceito está
no terceiro Mandamento: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão".
(Êxodo - Capítulo XX - Versículo VII). Assim, um grupo de sábios judeus,
conhecidos como Massoretas, incorporou "acentos" que funcionavam como
vogais e viabilizavam a pronúncia do tetragrama, resultando na palavra Adonai
(Senhor), que passou a ser utilizada para pronunciá-lo. Os nomes Jeová,
Iehovah, Javé, Iavé, ou ainda Yahweh, são adaptações para a língua portuguesa
da palavra Adonai, e não do tetragrama original.
Porém, há ainda uma crença entre os judeus do início do
período cristão, que a própria palavra Torah seria parte do nome divino. Há
outra relação interessante encontrada nos nomes originais de Adão e Eva, Yod e
Chawah, respectivamente. Uma combinação entre estes dois nomes resulta numa das
variações do tetragrama, YHWH, fato que sugere uma relação entre Criador e
criatura. Com o decorrer do tempo, foram adotados outros termos para se referir
ao Tetragrama: "O Nome", "O Bendito" ou "O Céu".
O místico cristão, Jacob Boehme, utilizando-se de uma cabala
gráfica (conhecida como Árvore da Vida), encontrou os 72 Nomes de Deus
(publicado em 1652, no livro Oedipus Aegypticus). Sendo que todos são formados
por apenas quatro letras, o que caracteriza mais uma vez o tetragrama. Seguindo
este raciocínio, encontramos também Tupã (divindade dos índios brasileiros),
Yang (em chinês, possui vários significados, entre eles, Deus do bem), Bara (o
equivalente à Deus na seita islâmica Beahismo) e Xiva (divindade Hindu).
Tetragrammaton: Símbolo e Amuleto
Se considerarmos que as letras de um alfabeto nada mais são
que sinais gráficos, o Tetragrama, em sua representação gráfica, conhecido como
Tetragrammaton, é uma complexa combinação de letras do alfabeto hebraico, grego
e latino, associados a diversos símbolos conhecidos no ocultismo. Nele
encontra-se o pentagrama entrelaçado, símbolos zodiacais, algarismos e formas
geométricas, entre outras representações.
No ocultismo, incluindo suas diversas ramificações, o
Tetragrammaton desempenha uma função muito importante, sendo usado em rituais e
invocações e na forma de talismãs. Os ocultistas interpretam o Tetragrammaton e
outros símbolos cabalísticos nele contidos, como poderosos signos mágicos,
capazes de potencializarem rituais abrindo as portas da consciência humana.
Acompanhe a descrição de alguns elementos do Tetragrammaton:
Pentagrama
O pentagrama assume diversos significados de acordo com o
contexto em que é encontrado. Neste caso, é a base do Tetragrammaton. Assim,
podemos interpretá-lo como símbolo do "Homem Realizado". Isto é, uma
representação da entidade humana evoluída em todos os estágios espirituais.
Os olhos do Pai - Júpiter
No ângulo superior do Pentagrama, encontramos "Os olhos
do Pai" e a representação do planeta Júpiter. Uma alusão aos olhos do
Criador, o espírito, o poder que coordena tudo e todos.
Marte
Nos "braços" do Tetragrammaton encontra-se o
símbolo astrológico e zodiacal do planeta Marte, representando a Força, ou a
Energia pura da criação.
Saturno
Nos ângulos inferiores está a representação astrológica e
zodiacal do planeta Saturno. É um dos principais símbolos usados na Magia,
representando os mestres que anularam o próprio ego e as falhas inerentes ao
ser humano, atingindo assim, a perfeição.
Sol e Lua
Posicionados nas linhas verticais do Pentagrama, próximos ao
centro da figura, o Sol e a Lua fazem referência aos pólos femininos e
masculinos da criação, contidos em todos os organismos, incluindo o Microcosmos
e o Macrocosmos.
Mercúrio e Vênus
Estes símbolos são amplamente encontrados na literatura
alquímica e são representações astrológicas e zodiacais destes planetas.
Localizados sobrepostos no centro da figura, referem-se à união dos pólos de
onde surgirá o Caduceu de Mercúrio.
Caduceu de Mercúrio
O Caduceu de Mercúrio é o símbolo alquímico da transmutação.
Associado aos símbolos superiores de Mercúrio e Vênus, refere-se à criatura, ou
seja, o resultado da união entre os pólos feminino e masculino, entre as forças
lunares e solares, e o ponto de equilíbrio entre eles. Por estar localizado no
centro da figura, também pode ser interpretado como a "coluna
vertebral", ou, Kundalini, responsável pela união da energia sexual entre
as polaridades.
Jehova
Esta inscrição hebraica é um tetragrama pronunciado Jehova
(lê-se da direita para a esquerda), sendo mais uma das várias alusões ao
"Nome de Deus".
Alfa e Omega
Alfa e Omega são, respectivamente, a primeira e última letra
do alfabeto grego. Esta é uma referência ao princípio e fim de todas as coisas.
Alfa está abaixo dos "Olhos do Pai". Omega encontra-se invertido, na
base do Caduceu de Mercúrio. Isto pode significar o caldeirão utilizado pelos
alquimistas, ou ainda, o caldeirão (útero) da Deusa, para alguns ocultistas.
Binário
Localizados fora do pentagrama, os números 1 e 2 são
referências à bipolaridade; isto é, uma representação de que todas as coisas
possuem dois lados. Seguindo este conceito, podemos também compreendê-los como
outra manifestação dos pólos masculino e feminino, início e fim, bem e mal,
entre outros.
Logos
Logos é uma palavra grega que significa razão, mas também é
interpretada como "fonte de idéias" e "verbo divino".
Associado ao Tetragrammaton, os números 1, 2 e 3 representam respectiva-mente o
Pai, a Mãe e o Filho. Também pode ser interpretado como a Tríade do
Cristianismo (Pai, Filho e Espírito Santo) ou como o triângulo, amplamente
encontrado nas tradições esotéricas.
Cálice
O cálice significa o pólo feminino da criação. Na alquimia é
utilizado para representar o elemento Água.
Espada Flamejante
A "espada de fogo", dentro do contexto alquímico,
representa o próprio elemento fogo. Porém, associado ao Tetragrammaton, assume
o papel do pólo masculino e do pênis, símbolo de fertilidade entre as antigas
tradições.
Báculo
Báculo é o bastão comumente usado por Magos. Está dividido
em sete escalas representando os estágios de evolução. Na alquimia está
relacionado ao elemento Terra.
Hexágono do Mago
O hexágono do Mago representa o domínio do espírito sobre a
matéria. Na alquimia está relacionado ao elemento Ar.
Não é possível definir apenas uma relação entre os vários
símbolos que compõem o Tetragrammaton e tampouco uma finalidade específica
desse conjunto. Seus sinais transitam entre correntes tão distantes que a
interpretação, em certos casos, chega a ser paradoxal.
Se observarmos estas combinações simbólicas através do
ângulo alquímico, teremos um determinado resultado. Porém, se analisado através
dos conceitos astrológicos, por exemplo, a conclusão poderá ser totalmente
distinta. Assim, a atenção e perspicácia do observador tornam-se fundamentais
para decifrar o Tetragrammaton, um dos mais antigos e poderosos símbolos da
espiritualidade humana.
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